João é réu em ação por ato de improbidade administrativa proposta
pelo Município Alfa , no qual atuou como Secretário de Saúde.
O Ministério Público, autor da ação, imputou-lhe a prática de ato
que, alegada e simultaneamente, causou o enriquecimento ilícito
de João e violou princípios da Administração Pública, consistente
na alienação de bem público sem a observância das cautelas legais.
Depois de ser citado, por meio de seu advogado particular, João
interpôs agravo de instrumento, pugnando pelo reconhecimento
da inépcia da petição inicial e extinção do processo sem resolução
do mérito, o qual não foi conhecido pelo Tribunal de Justiça do
Estado Beta .
Após regular tramitação do feito, o Juízo, entendendo que o ato
imputado a João, em verdade, gerou prejuízo ao erário, condenou
o réu a efetuar o ressarcimento ao erário dos valores que causou
desfalque, ao pagamento de multa civil e à suspensão dos direitos
políticos pelo prazo de 5 (cinco) anos. Sobre o caso acima, assinale a afirmativa correta.
✂️ a) Diante do princípio do iura novit curia , não há nulidade
decorrente da condenação de João em tipo diverso daquele
indicado pelo Ministério Público em sua petição inicial. ✂️ b) O Tribunal de Justiça acertou ao não conhecer o agravo de
instrumento interposto por João, eis que não cabível na
hipótese, ante o rol taxativo de cabimento do agravo no
Código de Processo Civil. ✂️ c) A sentença condenatória de João não estará sujeita ao
reexame necessário, por expressa disposição da Lei de
Improbidade Administrativa. ✂️ d) O Ministério Público não tem o ônus de individualizar as
condutas de João para fins de sua tipificação nas disposições
da Lei nº 8.429/1992. ✂️ e) Ao invés de ser defendido por seu advogado particular, João
poderia ter solicitado à assessoria jurídica do Município Alfa
que patrocinasse sua defesa, sendo certo que essa ficaria
obrigada a defendê-lo judicialmente.