Uma mulher de 72 anos é trazida à consulta neurológica pelo filho, que relata uma progressão insidiosa de
perda de memória, desorientação espacial e temporal,
além de dificuldade em realizar tarefas complexas ao
longo dos últimos dois anos. A paciente tem histórico
de hipertensão arterial controlada e diabetes mellitus
tipo 2. No exame cognitivo estruturado (Mini-Exame do
Estado Mental – MEEM), ela pontuou abaixo da média
esperada para sua escolaridade. A ressonância magnética cerebral revela atrofia hipocampal bilateral simétrica e dilatação dos ventrículos laterais. Com base nesse
caso clínico, qual das seguintes opções terapêuticas é a
mais adequada para o manejo desta condição
✂️ a) Prescrever um antagonista do receptor NMDA como
memantina para estabilizar os sintomas cognitivos,
embora não seja esperado nenhum benefício sobre
as funções executivas ou espaciais. ✂️ b) Implementar uma combinação sinérgica entre suplementação com vitamina E e selênio, com a expectativa de retardar significativamente a progressão da
doença, dadas suas propriedades antioxidantes. ✂️ c) Iniciar imediatamente um inibidor da acetilcolinesterase como donepezila com o objetivo primário de reverter a atrofia hipocampal observada na
neuroimagem. ✂️ d) Considerar o uso combinado de inibidores da acetilcolinesterase e antagonistas do receptor NMDA em
pacientes com doença moderadamente severa para
potencialmente melhorar sintomas globais, incluindo
memória e funções executivas. ✂️ e) Introduzir um antipsicótico atípico, visando melhorar
os déficits cognitivos associados à demência por meio
da modulação dopaminérgica no córtex pré-frontal.