Um paciente de 45 anos tinha histórico de tratamento anterior, há 5 anos, para tuberculose. Apresentava quadro
de tosse e certo desconforto torácico, e o diagnóstico foi
feito com base em RX de tórax, que demonstrava opacidades intersticiais em campos médios e superiores e
encontro de linfonodo cervical com presença de granulomas não caseosos. Os sintomas melhoraram pouco com
o tratamento, que foi completo por 6 meses. Há 1 ano,
iniciou com manchas vinhosas na pele, veio encaminhado pela dermatologia por provável sarcoidose após uma
biópsia de pele.
  
  ✂️         a) A sarcoidose de pele é uma forma grave da sarcoidose; deve-se excluir tuberculose em atividade e iniciar
droga imunobiológica anti-TNF.      ✂️         b) O quadro inicial era de tuberculose miliar, que foi
curado com o esquema antituberculoso. A sarcoidose de pele é uma nova doença que deve ser tratada
independentemente do quadro pulmonar.      ✂️         c) O paciente deve realizar uma TC de tórax para avaliar o padrão radiológico atual. O diagnóstico inicial
de tuberculose deve ser questionado; o encontro de
imagens de espessamento do interstício irregular nos
septos interlobulares e nas fissuras sugere sarcoidose e o paciente deve ser tratado para sarcoidose.      ✂️         d) O paciente provavelmente teve tuberculose pulmonar e depois sarcoidose. É frequente a coexistência
de ambas as doenças. O paciente deve realizar exames de escarro para pesquisa de BAAR; se não tiver
secreção, realizar broncoscopia para pesquisa de
BAAR e PCR-BK no lavado broncoalveolar.      ✂️         e) O diagnóstico de sarcoidose de pele deve ser questionado; a tuberculose também é uma doença granulomatosa que pode acometer a pele, e na histopatologia os granulomas são virtualmente indistinguíveis.