Mulher de 29 anos, previamente saudável, apresenta episódio agudo de neurite óptica com perda visual bilateral,
dor ocular e leve déficit motor em membros inferiores.
Recebeu pulsoterapia com metilprednisolona e apresentou recuperação parcial. Três meses depois, retorna
com novo quadro de fraqueza em membros inferiores,
retenção urinária e hipoestesia ascendente até T4. A ressonância magnética revela mielite extensa, envolvendo
mais de três segmentos medulares contínuos na região
torácica. Exame de líquor sem bandas oligoclonais. Solicita-se pesquisa para anticorpos anti-AQP4 e anti-MOG.
Com base na apresentação clínica e nas investigações
laboratoriais, assinale a alternativa correta sobre o
diagnóstico diferencial entre neuromielite óptica
(NMOSD) e doença associada a anticorpos anti-MOG
(MOGAD).
✂️ a) Pacientes com anti-MOG positivo apresentam
quadro clínico indistinguível da esclerose múltipla
e respondem melhor ao uso de interferon beta. ✂️ b) A mielite longitudinal extensa é mais comum em
esclerose múltipla, enquanto a neuromielite óptica
cursa com lesões curtas e simétricas. ✂️ c) A presença de anticorpos anti-AQP4 contraindica o
uso de imunossupressores e direciona para tratamento com imunomoduladores. ✂️ d) Anticorpos anti-AQP4 indicam provável neuromielite
óptica, com fisiopatologia astroglial, e tratamento diferenciado da esclerose múltipla. ✂️ e) A presença de anticorpos anti-MOG é suficiente
para confirmar esclerose múltipla, especialmente na
ausência de bandas oligoclonais no líquor.