As fraturas do dente do áxis têm grande relevância em virtude da
crescente prevalência de traumas de alta energia e no que tange
às dificuldades e desafios associados ao tratamento desta
patologia.
✂️ a) As fraturas tipo I de Anderson e D’Alonzo são as mais
comuns, sendo observadas em 65% a 74% dos casos. ✂️ b) Para que o paciente seja considerado um bom candidato para
a fixação anterior do processo odontoide, três requisitos
básicos devem ser atendidos. O primeiro é a integridade do
ligamento transverso do atlas; o segundo, uma boa redução
da fratura e alinhamento dos fragmentos e o terceiro, o tipo
de fratura, sendo o tipo II B contraindicado devido à
orientação do traço de fratura. ✂️ c) O mecanismo mais comum de lesão é uma hiperflexão da
coluna cervical, empurrando a cabeça e as vértebras C1 para
frente. Se o mecanismo de energia e a força resultante forem
altos o suficiente ou a densidade óssea do paciente estiver
comprometida secundária à osteopenia/osteoporose, o
odontoide se fraturará com deslocamento variado e graus de
cominuição. ✂️ d) Fixação anterior com parafuso odontoide (AOSF) é um
tratamento seguro e eficaz para a fratura odontoide tipo II e
rostral III. São contraindicações para fixação anterior com
parafuso de odontoide idade acima de 60 anos, rompimento
do ligamento transverso, fratura > há 6 meses, fratura
cominutiva e fratura patológica. ✂️ e) As fraturas do processo odontoide são as fraturas cervicais
mais comuns em pacientes com mais de 70 anos.