Homem de 71 anos, com tabagismo de 50
maços/ano, relata dispneia progressiva e exacerbações
frequentes nos últimos 12 meses. Espirometria pósbroncodilatador evidencia VEF1 /CVF = 0,55 e VEF1 =
42% do previsto. Gasometria revela PaO2 = 55 mmHg
em repouso. Segundo as recomendações do GOLD
2023, qual proposição integra de forma mais fidedigna
fisiopatologia, diagnóstico e condutas de impacto
prognóstico?
✂️ a) O processo inflamatório crônico, mediado por
neutrófilos, macrófagos e linfócitos T, promove
destruição alveolar e remodelamento de vias
aéreas pequenas; o diagnóstico exige
VEF1 /CVF < 0,70 pós-broncodilatador; a
oxigenoterapia domiciliar prolongada em
hipoxemia grave aumenta sobrevida ✂️ b) O remodelamento alveolar na DPOC é
predominantemente eosinofílico; o diagnóstico
pode ser presumido apenas pela exposição
tabágica; os corticosteroides inalatórios
isolados reduzem mortalidade em todos os
fenótipos, independentemente de
exacerbações. ✂️ c) A obstrução de vias aéreas na DPOC é
plenamente reversível com broncodilatadores;
o diagnóstico pode ser confirmado pelo VEF1 isolado; a reabilitação pulmonar não tem
benefício funcional documentado em pacientes
com hipoxemia crônica. ✂️ d) O comprometimento obstrutivo decorre de
hiperresponsividade bronquial isolada; o
diagnóstico pode ser firmado por radiografia de
tórax; o tratamento com antibióticos profiláticos
de uso contínuo reduz exacerbações em todos
os pacientes. ✂️ e) A fisiopatologia está restrita à destruição de
macrófagos alveolares; o diagnóstico requer
apenas clínica de tosse crônica produtiva; o uso
de broncodilatadores de curta ação contínuos
modifica sobrevida a longo prazo.