Mulher de 29 anos apresenta crises recorrentes
de cefaleia unilateral pulsátil, com duração de 18 a 36
horas, acompanhada de náuseas, vômitos ocasionais,
fotofobia e fonofobia. Em dois episódios relatou visão de
escotomas cintilantes precedendo a dor. Parcialmente
responsiva a triptanos, mantém limitação funcional
significativa. Considerando os critérios da ICHD-3
(2018) e a diferenciação em relação a outras cefaleias
primárias e secundárias, qual proposição descreve de
modo mais rigoroso o quadro clínico?
✂️ a) Cefaleia breve, unilateral, de intensidade
excruciante, associada a lacrimejamento,
congestão nasal ipsilateral e agitação
psicomotora, compatível com cefaleia
trigêmino-autonômica em salvas. ✂️ b) Cefaleia bilateral, diária, de caráter opressivo e
baixa intensidade, raramente acompanhada de
sintomas autonômicos, sendo compatível com
cefaleia do tipo tensão crônica. ✂️ c) Cefaleia explosiva do tipo trovoada, de
instalação súbita e pico em segundos,
geralmente acompanhada de rigidez de nuca e
sinais focais, sugestiva de hemorragia
subaracnóidea aguda. ✂️ d) Cefaleia recorrente frontal de intensidade leve
a moderada, desencadeada por estresse e
aliviada por repouso, sem fotofobia, fonofobia
ou aura, compatível com cefaleia tensional
episódica. ✂️ e) Cefaleia unilateral, pulsátil, com duração típica
de 4 a 72 horas, acompanhada de sintomas
autonômicos como náuseas, fotofobia e
fonofobia, podendo ocorrer com ou sem aura
transitória, compatível com migrânea episódica.