A entrevista clínica tem-se mostrado um instrumento valioso em processos de abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. Os dados levantados na entrevista propiciam apoio no acompanhamento em situações legais e judiciais, bem como um melhor encaminhamento para outros serviços. A escuta dessas crianças e adolescentes requer que o entrevistador tenha qualidades que são importantes para o oferecimento de uma escuta diferenciada desses sujeitos. Entre essas qualidades, destacam-se
✂️ a) envolver-se pessoalmente com o problema da criança, ter autoconhecimento, propiciar a emergência de fantasia e ser sincero. ✂️ b) discernir entre seus problemas e os da criança, ter postura de dúvida em relação ao que é contado e estimular a capacidade criativa da criança. ✂️ c) envolver-se de maneira significativa com a criança, fortalecer o vínculo a partir da indignação da criança e ser honesto. ✂️ d) discernir entre seus problemas pessoais e os da criança, ter autoconhecimento, ser sincero e honesto, aceitar e compreender a criança e estar seguro de si. ✂️ e) estimular a catarse como meio de elaboração do problema, agir com segurança e tomar o relato da criança como um problema em que deve se envolver pessoalmente.