Leia o texto a seguir:
“Muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus” (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 69. Adaptado).
O trecho acima se refere ao esforço de Maquiavel em conceber a política como autônoma em relação à ética. Ele consegue isso distinguindo entre
✂️ a) a monarquia, com a política astuciosa dos príncipes, e a república, com os valores éticos da democracia. ✂️ b) a preservação de si mesmo com seus valores cristãos e a falsa profissão de bondade real. ✂️ c) a virtú, força viril dos políticos guerreiros, e a fortuna, a benção divina sobre o governante. ✂️ d) o como se vive, a política como verdade efetiva, e o como se deveria viver, as utopias éticas. ✂️ e) os homens maus, a política como maquiavelismo, e os homens bons, as virtudes cristãs.