Adolescente de 12 anos, sexo feminino, apresentou febre, que durou seis dias,
associada a artralgia em punhos e coluna cervical. O quadro articular evoluiu com edema e
dor em joelhos, progredindo para limitação dolorosa de tornozelos no decorrer de duas
semanas. Foi medicada com analgésicos, persistindo a dor, claudicação e limitação
intermitente para deambulação e atividades diárias. No momento do exame físico, estava
afebril e, além da artrite, foi observado sopro sistólico em foco mitral de 3+/6, FC: 120 bpm.
Negava história pregressa de amigdalite. Exames complementares: EAS: normal, VHS:
58mm/1ª hora, proteína C reativa: 15,8 mg/dl, hemograma: Hb: 10,3 g/dl, leucócitos:
18.400/mm3 (segmentados: 88,9%, linfócitos: 6,8%), plaquetas: 415.000/mm3,
antiestreptolisina O: 1.220UI/dl; hemocultura: negativa, cultura de orofaringe: negativa;
ECG: normal. Considerando a hipótese diagnóstica de febre reumática, pode-se afirmar
que:
✂️ a) O diagnóstico de febre reumática se impõe apesar da ausência de evidência de estreptococcia
prévia. ✂️ b) O diagnóstico de febre reumática é improvável pela ausência de evidência de estreptococcia
prévia. ✂️ c) O diagnóstico de febre reumática somente poderá ser confirmado após o ecocardiograma. ✂️ d) O paciente preenche os critérios para o diagnóstico de febre reumática. ✂️ e) O paciente apresenta 1 critério maior e 3 critérios menores de Jones para o diagnóstico de
febre reumática.