Os Centros Especializados de Reabilitação (CER) são
serviços de atenção ambulatorial especializada em reabilitação que realizam diagnóstico, tratamento, concessão,
adaptação e manutenção de tecnologia assistiva e são
classificados em três tipos.
Sobre os CER e de acordo com discussões do campo da
terapia ocupacional crítica, é correto afirmar que
✂️ a) os tipos são determinados pelo número de modalidades de reabilitação a que atendem, o que direciona a organização de serviços focados na deficiência
e não na pessoa e na atenção em rede, concorrendo para um empobrecimento do conceito de cuidado integral da saúde da pessoa com deficiência. ✂️ b) o CER tipo I atende pessoas com deficiências
motoras; o CER tipo Il, pessoas com deficiência
sensoriais; e o CER tipo Ill, pessoas com deficiências intelectuais, incluindo aquelas com transtorno do espectro autista. Essa divisão leva a
processos excludentes e de diferenciação entre
as pessoas com deficiência, enfraquecendo os
movimentos sociais. ✂️ c) as tipologias dos CER indicam diferentes complexidades tecnológicas dos dispositivos de tecnologia assistiva que eles dispensam, produzindo,
como consequência, processos de nivelamento
das pessoas com deficiência, especialmente, a
partir do isolamento das pessoas com deficiências
mais graves. ✂️ d) os tipos são determinados pelo estágio do processo
de reabilitação a que atendem, dividindo-se em serviços de prevenção, tratamento e manutenção, o que
leva à fragmentação do processo de saúde-doença
da pessoa com deficiência, acarretando descontinuidade do cuidado. ✂️ e) os tipos são classificados de acordo com o território de abrangência, sendo o CER I para territórios e
municípios de até 100 mil habitantes, o CER Il para
municípios ou conglomerados de municípios de até
200 mil habitantes e o CER Ill para municípios com
mais de 200 mil habitantes. Tal configuração implica na fragmentação das redes de cuidado à pessoa
com deficiência e produz barreiras para o acesso a
dispositivos de reabilitação mais complexos.