No contexto da saúde mental global, a integração de
políticas públicas de saúde mental, práticas clínicas e
saberes tradicionais e contemporâneos representa um
desafio significativo para a psiquiatria. Considerando a
Declaração de Caracas (1990) e a implementação de
políticas de desinstitucionalização em diversos países,
inclusive no Brasil com a Lei 10.216/2001, que promove a
reforma psiquiátrica e a reestruturação do cuidado em
saúde mental, é fundamental reconhecer as nuances dessa
integração para a prática psiquiátrica contemporânea.
Nesse sentido, avalie as seguintes alternativas e escolha a
que melhor descreve o desafio da prática psiquiátrica
contemporânea no Brasil, em relação à integração das
políticas de saúde mental.
a) A adoção de práticas de saúde mental centradas
apenas em intervenções farmacológicas, em
detrimento de abordagens psicossociais e comunitárias,
está em plena conformidade com a política nacional de
saúde mental.
b) A integração de saberes tradicionais na prática
psiquiátrica é amplamente incentivada pela legislação
brasileira, sem necessidade de evidências científicas
que comprovem sua eficácia e segurança.
c) O modelo de atenção psicossocial, fundamentado na
rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
enfrenta o desafio de equilibrar intervenções clínicas e
o suporte comunitário, em um cenário de recursos
limitados e necessidade de formação específica para os
profissionais.
d) A política de saúde mental no Brasil promove
exclusivamente a hospitalização de longa duração como
estratégia de cuidado para pacientes com transtornos
mentais severos e persistentes.
e) O foco exclusivo em políticas de prevenção em saúde
mental tem sido a principal estratégia adotada pelo
Brasil, minimizando a importância do tratamento e da
reabilitação psicossocial.