A dor na fibromialgia é o resultado de uma complexa interação
entre fatores neuroquímicos, genéticos, psicológicos e do sistema
nervoso, que culminam em uma sensibilização central e uma
percepção amplificada da dor.
Em relação aos mecanismos da dor, é correto afirmar que:
a) a sensibilização central ocorre quando os neurônios no SNC
(cérebro e medula espinhal) se tornam hiperexcitáveis e
potencializam a transmissão dos sinais de dor. Por outro lado,
a atividade inibitória normal de estímulos nociceptivos está
comprometida pelos baixos níveis de GABA, um
neurotransmissor inibitório;
b) estresse crônico e fatores psicológicos são os principais
componentes da fibromialgia. Por essa razão, o seu
tratamento medicamentoso é pouco eficaz e transitório.
A única estratégia baseada em evidência no tratamento da
fibromialgia é psicoterapia aliada a exercícios físicos de baixo
impacto;
c) os baixos níveis de GABA observados na fibromialgia são
responsáveis pela potencialização do estímulo da dor,
mantendo o paciente em constante estado de alerta. Esse
mecanismo é bem controlado com opioides, medicamento de
primeira linha dessa condição;
d) pessoas com fibromialgia apresentam níveis alterados de
neurotransmissores, como a supressão dos níveis de
substância P, que é uma substância crítica na regulação da
dor, humor e sono;
e) na fibromialgia, o componente genético é pouco esclarecido.
A coincidência familial é decorrente do ambiente psicossocial
a que o indivíduo está exposto e não a fatores genéticos.