Em uma investigação de quadro de osteomielite, surgiram
dúvidas no caso concreto. O paciente de 68 anos era paraplégico
e já apresentava uma lesão por pressão crônica em região sacral.
No entanto, relatou saída de secreção nos últimos meses e
aprofundamento da úlcera, com exposição óssea. O local no
entorno da úlcera não demonstrava sinais flogísticos ou necrose.
Não havia febre ou sinais sistêmicos de gravidade, e exames
laboratoriais também não tinham alterações significativas como
leucocitose e marcadores inflamatórios em elevação. Diante da
estabilidade do quadro, foram feitas algumas considerações. É correto afirmar que:
✂️ a) o diagnóstico pode ser sugerido pela ressonância nuclear
magnética da região sacral, mas pode considerar também a
biópsia óssea aberta para confirmar o diagnóstico de
osteomielite; ✂️ b) está indicada a realização de ressonância nuclear magnética
ou cintilografia, bem como coleta da secreção para análise de
Gram e cultura guiando a terapia antibiótica empírica até os
resultados; ✂️ c) está indicado o início de terapia antimicrobiana com
cobertura para germes aeróbios e anaeróbios por 2 semanas,
pela via parenteral; caso se confirme lesão cortical óssea com
edema, deve-se prolongar a terapia por 6 semanas; ✂️ d) o início do antibiótico não atrapalha a cultura de material
ósseo retirado por agulha grossa da ferida, desde que tenha
sido suspenso 24 horas antes do procedimento; ✂️ e) apesar de medidas de fisioterapia, nutrição e cuidados para
com a cicatrização da ferida, somente a descolonização de
tecidos moles e pele com antibióticos locais e sistêmicos
pode ajudar o paciente do quadro descrito.