Paciente de 55 anos, do sexo feminino, procurou hospital com
queixas de dor abdominal em quadrante superior direito há 3
dias e febre associada a náuseas e vômitos. Seu histórico médico
mostrava colelitíase, mas ela nunca havia sido submetida a
colecistectomia. Ao exame físico, apresentava temperatura axilar
de 38 °C, ictérica 4+/4+. A palpação do abdome mostrava dor
sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais
mostraram leucocitose e aumento das enzimas hepáticas e de
bilirrubina total às custas da bilirrubina direta. Ultrassonografia
de abdome mostrou múltiplos cálculos na vesícula e dilatação das
vias biliares intra e extra-hepáticas. Foi solicitado
colangiorressonância com achado de cálculo medindo cerca de
25 mm impactado no ducto hepático comum, uma aparente
fístula que comunicava a vesícula biliar e ducto biliar comum,
envolvendo todo o ducto hepático comum, e grande dilatação
das vias biliares intra-hepáticas e o ducto biliar comum.
Com base nesses achados, o diagnóstico e a melhor abordagem
são, respectivamente:
a) síndrome de Mirizzi tipo IV, CPRE com prótese biliar;
b) síndrome de Mirizzi tipo II, CPRE com extração de cálculo;
c) síndrome de Mirizzi tipo IV, colecistectomia aberta e
coledocojejunostomia;
d) fístula biliar, drenagem biliar externa guiada por radiologia
intervencionista;
e) síndrome de Mirizzi tipo II, tratamento da sepse com
antibióticos.