O Serviço de Pneumologia encaminha um homem na quarta
década de vida com sequelas de tuberculose pulmonar e, entre
elas, episódios prévios de hemoptise. Este é exatamente o
motivo de o terem trazido com pressa a um especialista. Ao
examiná-lo, nota-se hemoptise com conteúdo rutilante,
acompanhando quase todas as salvas de tosse. Previamente
hígido, ainda resiste lúcido, mas é nítida a intensidade da anemia,
como mostra sua palidez cutaneomucosa, taquidispneia e
taquicardia.
Tendo disponíveis adequados recursos diagnósticos e
terapêuticos, é esperado que o especialista:
✂️ a) leve de imediato o paciente à angiotomografia com hemácias
marcadas para diagnóstico anatômico preciso, planejando,
assim, a tática correta e ágil de tratamento, associando à
reposição de volume adequado se necessário; ✂️ b) conduza o paciente à hemodinâmica para realizar angiografia
e embolização pulmonar, métodos que rapidamente
identificam o referido sangramento e podem tratá-lo
enquanto repõe volume; ✂️ c) equilibre clinicamente o paciente antes de qualquer medida
heroica com cristaloides, hemoderivados se necessários, e
estude o caso com angiotomografia ou arteriografia para
decisão da abordagem mais eficaz; ✂️ d) leve o paciente à hemodinâmica de imediato para
arteriografia e possível embolização brônquica, além da
reposição volêmica que for adequada; ✂️ e) reponha hemoderivados e fatores de coagulação em unidade
fechada e avalie a função renal para julgar qual seria o
método seguro e eficaz de abordagem.