Um paciente de 45 anos, sem doenças prévias, desenvolveu
enfermidade de instalação súbita e progressiva com quadro de
náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Logo após,
queixou-se de cefaleia, vertigem e tontura. Foi internado na
emergência, onde foi iniciada hidratação venosa e administração
de sintomáticos. Entretanto, 3 horas depois começou a
apresentar visão turva, ptose palpebral, diplopia, disfagia,
disartria, boca seca e fraqueza muscular simétrica, acometendo
com maior intensidade os membros superiores, sem perda da
sensibilidade. Notaram-se hipotensão sem taquicardia e retenção
urinária. Cerca de 6 horas após a internação, evoluiu para
paralisia flácida motora descendente, associada a
comprometimento autonômico disseminado. Durante todo esse
período, o paciente se manteve consciente. A fraqueza muscular
descendente afetou os músculos do tronco e dos membros,
levando a dispneia, insuficiência respiratória e tetraplegia flácida.
Foi necessária a transferência do paciente para o CTI, com
instalação de tubo orotraqueal e ventilação mecânica, além de
rotinas terapêuticas para pacientes graves.
O diagnóstico mais provável é:
✂️ a) meningite por Haemophilus influenzae; ✂️ b) síndrome de Guillain-Barré; ✂️ c) doença de Lyme; ✂️ d) infecção pelo Clostridium botulinum; ✂️ e) raiva.