Paciente do sexo feminino de 28 anos foi encaminhada para um
hospital universitário para investigação diagnóstica de doença
intersticial pulmonar associada ao quadro de poliartralgia. Após
minuciosa anamnese e exame físico detalhado, verificou-se que a
paciente, secretária em escritório de advocacia, apresentava
quadro de adinamia intensa, com início há um ano, seguido de
poliartralgia, dispneia aos esforços, emagrecimento de 6 kg em
um ano e febre baixa não aferida. Negava hemoptise ou dor
torácica. Ao exame, apresentava pápulas e placas eritematosas
predominando em cicatrizes prévias e em duas tatuagens.
Relatou, ainda, ardência ocular. A paciente já trazia alguns
exames complementares, como espirometria, cujo resultado era
normal, e uma tomografia computadorizada do tórax que
evidenciou infiltrado intersticial nodular bilateral, simétrico com
predomínio nos lobos superiores e com distribuição perilinfática.
Considerando-se a história clínica e os achados radiológicos e
funcionais, a principal suspeita diagnóstica seria de:
✂️ a) tuberculose, sendo o IGRA o primeiro exame a ser solicitado; ✂️ b) silicose, sendo a biópsia pulmonar o exame de escolha para
definição diagnóstica; ✂️ c) histoplasmose, por apresentar infiltrado intersticial nodular
com distribuição perilinfática; ✂️ d) sarcoidose, pelo contexto clínico e radiológico que são
compatíveis com a doença; ✂️ e) pneumonia bacteriana, sendo indicado para início imediato
antibioticoterapia de amplo espectro com cobertura para
germe hospitalar.