Paciente de 8 anos de idade, com diagnóstico prévio de diabetes mellitus tipo 1 e má adesão ao tratamento foi trazido ao pronto-socorro com história de taquidispneia percebida associada a dor abdominal e vômitos há 2 dias. Ao exame físico, encontrava-se descorado (+/4+), com sinais de desidratação grave, taquicárdico (frequência cardíaca: 144 bpm), taquipnéico (frequência respiratória: 32 ipm) e normotenso (pressão arterial: 80 x 65 mmHg) No exame abdominal, apresentava-se pouco doloroso à palpação, difusamente, flácido. Fígado no RCD e baço não palpável. RHA presentes; extremidades: frias com perfusão periférica lentificada (tempo de enchimento capilar = 5 segundos) e sem edemas. Restante do exame, sem alterações. Sobre o caso, assinale a alternativa correta.
✂️ a) Como o paciente com CAD apresenta desidratação grave, devemos infundir expansão com soro fisiológico no volume de 30 ml/Kg na primeira hora do tratamento para garantirmos rápida correção de sua desidratação ✂️ b) O uso de bicarbonato, no paciente com CAD, está indicado nos casos de acidose metabólica grave (pH < 7,1 ou HCO < 10) ✂️ c) Para afirmarmos que se trata de uma cetoacidose diabética (CAD), devemos encontrar nos exames laboratoriais: acidose metabólica (pH < 7,2 e/ou HCO < 15), hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dL) e cetonemia (ácido β-OH butírico > 3 mmol/L) ou cetonúria ✂️ d) A insulinoterapia deve ser iniciada a partir da 2ª hora de tratamento, podendo ser administrada por via intravenosa contínua, por via subcutânea ou por via intramuscular ✂️ e) O edema cerebral é uma complicação frequente e com alta mortalidade e está associada ao uso de bicarbonato e uso de doses elevadas de insulina durante o tratamento