Atente para o seguinte excerto de um artigo intitulado
“A Geografia nos anos iniciais: olhando longe para ver mais,
chegando perto para ver”, de Wildner Theves e Nestor
André Kaercher (2020), que aborda exemplos práticos da
vivência do espaço geográfico na perspectiva da criança:
“Uma menina indígena haverá de ter uma visão diferente
de natureza de um infante urbano. São vivências espaciais
distintas. Em julho, no Rio Grande do Sul, nossa circulação
pelas ruas é menos convidativa do que no verão. Pense
você seus exemplos! Meninas podem andar tão livres na
rua como os meninos, sobretudo ao anoitecer? Por meio de
exemplos e perguntas direcionadas aos alunos, a ação
docente na mediação didática assume papel fundamental”.
Compreende-se que a criança não é uma “folha em
branco”, tendo suas dimensões e percepções sobre o
espaço geográfico e como este se organiza. Pensando a
prática docente dos anos iniciais do Ensino Fundamental no
que diz respeito ao ensino de Geografia, é correto afirmar
que
a) os professores devem pensar o espaço geográfico
apenas como urbano e/ou rural, compreendendo-o
enquanto espaço padronizado, estanque, ausentando-se da dimensão política e crítica.
b) os professores devem desenvolver propostas didáticas
tendo como base os livros didáticos e outros
impressos, seguindo esta referência enquanto
estratégia principal do seu trabalho.
c) os professores devem desenvolver estratégias didáticas
para compreensão do espaço geográfico, levando em
consideração, exclusivamente, o estudo dos mapas,
imagens e globos.
d) os professores devem desenvolver propostas didáticas
em que a espacialidade seja desenvolvida com o intuito
de provocar a atividade criadora, ampliando as visões
de mundo dos alunos.