No modelo de pensamento clínico-patológico, os familiares
ouvintes procuram escolas em que a língua oral será a
língua de instrução para os filhos surdos, pois acreditam que
a escola para ouvintes é a melhor (ou a única) modalidade
de ensino para as crianças surdas. Esses familiares
acreditam que, como a criança surda usa aparelhos de
amplificação sonora e faz tratamentos fonoaudiológicos, a
surdez está sendo “curada” e, por isso, os filhos devem
estudar em escolas para ouvintes, utilizando apenas a
modalidade oral de comunicação.
Este pensamento se distancia da visão sócio-antropológica
por:
✂️ a) Acreditar na oralização como modelo ideal para o
desenvolvimento das pessoas surdas, deixando de lado o
contato com a comunidade surda ✂️ b) Incentivar as crianças a usarem o aparelho auditivo, uma
vez que estes recursos tecnológicos destinados à
audição prejudicam o aprendizado da Libras ✂️ c) Pensar que crianças surdas devem ir para escolas cuja
língua de instrução seja a língua oral, pois as crianças
surdas devem ser ensinadas unicamente em escolas e
instituições em que a língua de instrução seja a Libras,
para que sua identidade e compreensão linguística sejam
garantidas ✂️ d) Pensar somente nas questões voltadas para escola, uma
vez que o desenvolvimento da criança está em torno de
todos os ambientes em que ela está inserida, ou seja,
família, ambiente religioso, espaços de convivência, ou
seja, partir para uma perspectiva social, e não individual. ✂️ e) Pensar que a escola tem o papel de “curar” as crianças
surdas. Para a visão sócio- antropológica esta “cura”
deverá ser proporcionada por uma ação conjunta de
todas as entidades sociais, não sendo a escola a única
responsável