Leia o excerto a seguir. Os defensores da língua de sinais para os surdos afirmam que
é só de posse desta, considerada "natural", adquirida em
qualquer idade, que o surdo constituirá uma identidade surda,
já que ele não é ouvinte.
Fontes: MOURA, M. C. de. O surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio
de Janeiro: Revinter/Fapesp, 2000. PERLIN, G. Identidades surdas. In:
SKLIAR, C. (Org.).
As pessoas com a identidade surda
✂️ a) nasceram ouvintes e tiveram a perda auditiva. A partir
disso, começam a aprender a Língua Brasileira de
Sinais e vão adentrando, progressivamente, na
comunidade surda. ✂️ b) são oralizadas e sabem falar e escrever, não interagem
com outros surdos e não participam da comunidade
surda. Em vez disso, optam por adotar uma identidade
ouvinte e estar com pessoas ouvintes dentro da mesma
comunidade. ✂️ c) são oralizadas e cresceram sendo integrantes da
comunidade ouvinte, até que, em determinado momento
da vida, conhecem a comunidade surda, veem seus
membros sinalizando por meio da LIBRAS e se sentem
interessados em pertencer àquele grupo. ✂️ d) não aceitam a comunicação oral nem demonstram
interesse nesse método. Como resultado, elas
frequentam grupos e organizações para surdos, se
sentem parte da comunidade surda e consomem mídia
que ofereça interpretação/tradução em LIBRAS.