Seria mais apropriado e justo separar estas duas
questões: uma coisa é a potencialidade
expressiva de uma língua; e outra, muito diferente,
o estado cognoscitivo informativo e cultural, no
qual se encontra quem usa essa língua. Se os
surdos foram excluídos de aprendizagens
significativas, obrigados a uma prática de
atividades sensório-motoras e perceptuais, mas
não de conteúdo de abstração; se foram
impedidos de utilizar a língua de sinais em todos
os contextos de sua vida, então nada têm que ver
os surdos nem a língua de sinais com as supostas
limitações no uso dessa língua, na aquisição de
conhecimento e no desenvolvimento do
pensamento. Não é a natureza restrita da língua
de sinais a causadora das limitações dos surdos,
mas as razões socioeducativas que levaram os
surdos a ter que usar sua língua só em ambientes
específicos e sob certas condições.
Com base no exposto, assinale a alternativa
INCORRETA .
✂️ a) As línguas de sinais apresentam capacidades
sofisticadas de elaboração de conceitos
abstratos e de representação das relações
concretas. ✂️ b) Os modelos educacionais e as condições
sociais até hoje vividas pelos surdos são
satisfatórias para seu pleno desenvolvimento. ✂️ c) A exclusão dos surdos dos diversos contextos
está relacionada às suas condições sociais,
privando-os de situações de aprendizagem
significativas. ✂️ d) Se aos surdos foi negada historicamente sua
identidade e sua língua, seria um simples
reducionismo acusá-los de ter limitações em
seus processos psicológicos superiores. ✂️ e) As línguas de sinais não são nem
intrinsicamente concretas, nem primitivas, pois
têm potencialidade de expressar o conjunto de
significados do mundo interior e exterior de
seus sinalizantes.