Um operário com 38 anos de idade e que trabalha há doze anos em uma indústria de galvanoplastia, vinculado ao regime geral de previdência social, há três anos, vem apresentando dermatite de contato crônica e, mais recentemente, ulceração da mucosa nasal.
✂️ a) As lesões apresentadas pelo paciente sugerem exposição ocupacional ao cromo ou seus compostos, mesmo considerado o fato de que a mucosa nasal é local pouco frequente para úlceras, que se desenvolvem preferencialmente em locais onde a pele se mostra ressecada e hipertrofiada. ✂️ b) Usualmente, as lesões ulcerosas secundárias à exposição ocupacional ao cromo e seus compostos são indolores, apresentam diâmetro de 5 mm a 10 mm e bordas planas e mal delimitadas. ✂️ c) A evolução da úlcera de pele ou mucosa secundária à exposição ocupacional ao cromo e seus compostos costuma ser rápida e raramente leva à formação de tecido necrótico ou crosta, mas pode deixar cicatriz hipotrófica. ✂️ d) O tratamento da lesão apresentada pelo paciente mencionado deve ser feito com aplicação tópica de solução iodada até a completa cicatrização do tecido ulcerado, seguida de corticoterapia sistêmica em dose baixa durante pelo menos seis semanas. ✂️ e) No paciente em questão, devem ser investigados outros efeitos relacionados à exposição ocupacional ao cromo ou seus compostos, como perfuração ou câncer de septo nasal, asma brônquica e câncer de pulmão.