A respeito da relação entre memória e patrimônio cultural, leia o
texto a seguir.
“Primeiro terreiro tombado pelo Iphan, o Terreiro Casa Branca do
Engenho Velho, localizado em Salvador (BA), foi reconhecido
como Patrimônio Cultural Brasileiro e inscrito nos livros do
Tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, em
1984. O tombamento inclui uma área de 6.800 metros quadrados
com edificações, árvores e seus principais objetos sagrados.
Segundo a tradição oral, por volta da primeira metade do
século XIX, três africanas da nação Nagô fundaram um terreiro de
Candomblé em uma roça nos fundos da Igreja da Barroquinha,
em pleno centro da cidade.”
(Adaptado de http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1636/)
Considerando a Convenção sobre a Proteção e Promoção da
Diversidade das Expressões Culturais (Unesco, 2005), o histórico
de tombamento dos terreiros de religião de matriz africana no
Brasil revela:
✂️ a) o alinhamento às normativas internacionais sobre diversidade
cultural; ✂️ b) a valorização da pluralidade das expressões culturais a partir
de critérios técnicos; ✂️ c) a prevalência da dimensão material da cultura, com foco na
preservação física dos espaços; ✂️ d) o compromisso precoce do Iphan com o pluralismo cultural,
antecipando-se às políticas internacionais de preservação; ✂️ e) a exotização das religiões afro-brasileiras a partir da seleção
por critérios de autenticidade e pertencimento comunitário.