Ivete, Técnica de Assuntos Educacionais numa universidade pública, a pedido da Pró-Reitoria acadêmica, colocou em discussão com seus professores a possibilidade de participação dos estudantes de ensino superior na avaliação de sua própria aprendizagem. Após algumas sessões de leitura, estudo e debates de textos de especialistas sobre essa questão, o grupo decidiu favoravelmente a essa participação, levando em conta que
✂️ a) o conjunto dos alunos do ensino superior é suficientemente maduro e já sabe o que quer, podendo oferecer ao corpo docente dados ricos para a reformulação tanto da prática de ensino quanto dos procedimentos e instrumentos de avaliação. ✂️ b) desse modo, calar-se-iam os numerosos alunos que se queixam a respeito da correção de provas e trabalhos, alegando falta de critério objetivo por parte dos docentes, como também evitar-se-iam reclamações à coordenação e à ouvidoria, oferecendo tranquilidade aos professores. ✂️ c) a carga de trabalho e de responsabilidades que pesa sobre os professores, em relação à avaliação da aprendizagem e às tarefas que ela implica seria significativamente aliviada, permitindo-lhes dedicarem-se com mais afinco ao ensino e à pesquisa. ✂️ d) a interferência dos aspectos subjetivos e emocionais dos docentes nas avaliações seria minimizada com a participação dos estudantes de ensino superior nesse processo que, provavelmente, avançaria em precisão, objetividade e lisura. ✂️ e) da contribuição dos alunos, na análise e avaliação de sua própria aprendizagem, podem-se extrair subsídios para docentes reorientarem práticas de ensino ou alimentarem seus programas de formação continuada sobre ensino-aprendizagem e práticas de estudos dos estudantes.