De acordo com Weisz (2002), quando uma criança entra na escola ainda não alfabetizada, tanto ela quanto o professor sabem que ela não sabe ler nem escrever. Ao propor que a criança se arrisque a escrever do jeito que imagina, o que o professor está propondo é uma atividade baseada na capacidade infantil de jogar, de fazer de conta. Segundo Weisz, em uma atividade desse tipo, entre outras ações, o professor deve
✂️ a) possibilitar que a criança escreva livremente. O professor não pode intervir, não deve corrigir e também precisa se satisfazer com o que o aluno faz do “seu jeito”; pois o conhecimento é construído espontaneamente pela criança. ✂️ b) organizar a situação de aprendizagem, oferecendo informação adequada. Deve observar a ação das crianças, acolher ou problematizar suas produções, intervindo sempre que achar que pode fazer a reflexão dos alunos sobre a escrita avançar. ✂️ c) garantir que as palavras ditadas para a criança escrever “do seu jeito” sejam palavras com sílabas simples e cujas famílias silábicas já tenham sido trabalhadas anteriormente, para que possa avaliar se os alunos memorizaram as sílabas. ✂️ d) permitir que a criança escreva “do seu jeito” diversas palavras, pois, nesse tipo de atividade, embora a criança não esteja aprendendo a pensar a respeito do modo de escrever o sistema alfabético, ao menos, ela está treinando a grafia das letras.