TEXTO I
A partir da Segunda Guerra Mundial o cenário europeu
se altera com o progressivo aumento de um sentimento
democrático e de compreensão do poder público e das
suas modalidades de ação e de relação com a sociedade,
que passa a exercer de modo um pouco mais articulado
algum controle social, o qual era visto até então como de
exclusividade do poder público. Essa nova perspectiva
também altera significativamente a percepção da arte e,
por óbvio, da historicidade da mesma.
MARZADRO, F. Revista NAU Social, n. 5, maio-out. 2013 (adaptado).
TEXTO II
A liberdade artística é termômetro democrático
dos mais sensíveis. Nela encontram-se o pensamento,
a expressão e a criatividade. É o espaço do novo e da
diversidade. Não espanta que incomode quem não deseja
um mundo plural e livre. Ainda mais quando extremismos
e ódio sufocam o convívio das diferenças. É preciso
cultivar a liberdade artística. Cerceá-la, por imposturas
que semeiam a discórdia e se valem da confusão,
do medo e do preconceito, não é novidade. O nazismo
se valeu disso contra a “arte degenerada” para instaurar
uma sociedade fascista. Essa repressão não é inocente.
Ela afronta o direito à cultura, que é de todos, e discrimina
particularmente certos grupos, como no caso em que
atinge pessoas LGBTQIAPN+. Abre as portas para
a violência, como já vivenciam os adeptos de religiões
afro-brasileiras, que são apedrejados e que têm suas
casas de religião incendiadas, ou quando atendimento
médico é negado a crianças por motivação ideológica.
RIOS, R. R. Arte e democracia. Disponível em:
https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em:
26 out. 2023 (adaptado).
Os textos enfatizam a importância histórica da manifestação
artística como um instrumento de
✂️ a) participação cidadã em defesa da inclusão. ✂️ b) ordenamento de rituais em espaços de crença. ✂️ c) estratificação de grupos em situações de risco. ✂️ d) independência econômica em prol da autonomia. ✂️ e) regulação criativa em contextos de vulnerabilidade.