TEXTO I
O bufarinheiro, conhecido nas cidades por teque-teque,
chama-se, nos recônditos da Amazônia, “regatão”. Em lugar de
transportar nas costas o mundo de miudezas, transporta-o no
bojo de uma gaiola que desloca duas, três, quatro toneladas,
divididas em seções de secos e molhados e é movido por remo
de faia. Cortando comunidades e matas da Amazônia por rios,
dentro dessas gaiolas, riscadas de prateleiras, encontram-se
os artigos mais díspares, que vão da agulha à espingarda,
do lenço ao cobertor, da chita à escova de dentes.
MORAES, R. Na Planície Amazônica . São Paulo:
Editora Nacional, 1936 (adaptado).
TEXTO II
No século XIX, o comércio dos regatões era feito, então,
com base em relações tecidas com quilombolas, pequenos
produtores, comerciantes locais e indígenas, constituindo
relação comercial alternativa ao abastecimento da população.
HENRIQUE, M. C.; MORAIS, L. T. Estradas líquidas, comércio sólido:
índios e regatões na Amazônia (século XIX). Rev. Hist .,
n. 171, jul.-dez. 2014 (adaptado).
Como parte do patrimônio cultural da Amazônia, o regatão
foi fundamental, no século XIX, para a
✂️ a) organização de rotas de fuga na floresta tropical. ✂️ b) criação de postos de trabalho nos seringais nortistas. ✂️ c) divulgação de receitas de fármacos nas zonas ribeirinhas. ✂️ d) construção de redes de sociabilidade no interior brasileiro. ✂️ e) ampliação de ambientes de lazer nos territórios autóctones.