Raros são os cientistas que se dedicam a medir um único
fenômeno. Mais raro ainda são aqueles que alteram o
comportamento da humanidade com suas medições. O
norte-americano Charles D. Keeling passou a vida medindo
a quantidade de CO2 existente na atmosfera,
demonstrando que a quantidade desse gás está
aumentando. Em 1958, muito antes do surgimento dos
movimentos ecológicos, Keeling desconfiou de que esse
efeito era devido à queima de combustíveis fósseis. Na
última década, a hipótese de Keeling foi testada pela
análise de bolhas de ar retidas no gelo polar, revelando
que a concentração de CO2 permaneceu inalterada por
milênios, aumentando a partir do século XIX.
(Adaptado de Fernando Reinach, A longa marcha dos grilos canibais. São
Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 41 - 42.)
Os experimentos com as bolhas de ar do gelo polar
indicam que a elevação das emissões de CO2
✂️ a) é diretamente proporcional à utilização crescente de
petróleo (plantas fossilizadas) nos Estados Unidos e
na China no século XIX, o que propiciou o
desenvolvimento de novos equipamentos, tecnologias
e organizações no mundo do trabalho. ✂️ b) está correlacionada com a utilização crescente de
carvão mineral (plantas fossilizadas) durante a
Revolução Industrial, que propiciou o uso da energia a
vapor e o desenvolvimento de máquinas, levando à
produção em larga escala. ✂️ c) está associada à utilização crescente de petróleo
(micro-organismos fossilizados) desde os primórdios
da Revolução Industrial, caracterizada pelo uso de
máquinas para a produção em larga escala e novas
organizações trabalhistas. ✂️ d) é diretamente proporcional à utilização decrescente de
biodiesel (micro-organismos fossilizados) na Inglaterra
durante a Revolução Industrial, quando esse país
adotou uma matriz energética baseada no consumo de
petróleo para fomentar sua economia protecionista.