– Então, todos os alemães dessa época são culpados? – Esta pergunta surgiu depois da guerra e permanece
até hoje. Nenhum povo é coletivamente culpado. Os alemães
contrários ao nazismo foram perseguidos, presos em campos de concentração, forçados ao exílio. A Alemanha estava,
como muitos outros países da Europa, impregnada de antissemitismo, ainda que os antissemitas ativos, assassinos,
fossem apenas uma minoria. Estima-se hoje que cerca de
100000 alemães participaram de forma ativa do genocídio.
Mas o que dizer dos outros, os que viram seus vizinhos judeus serem presos ou os que os levaram para os trens de
deportação? (Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.) Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista
aos judeus, o texto defende a ideia de que
a) os alemães comportaram-se de forma diversa perante o
genocídio, mas muitos mostraram-se tolerantes diante do
que acontecia no país.
b) esse tema continua presente no debate político alemão,
pois inexistem fontes documentais que comprovem a
ocorrência do genocídio.
c) esse tema foi bastante discutido no período do pós-guerra, mas é inadequado abordá-lo hoje, pois acentua as
divergências políticas no país.
d) os alemães foram coletivamente responsáveis pelo genocídio judaico, pois a maioria da população teve participação direta na ação.
e) os alemães defendem hoje a participação de seus ancestrais no genocídio, pois consideram que tal atitude foi
uma estratégia de sobrevivência.