Se durante todo este século pudermos constatar que os sistemas
educacionais não permaneceram indiferentes ante as mudanças
nos modos de produção e gestão empresariais, é lógico pensar que
as soluções propugnadas pelo toyotismo também tenham deixado
sua marca no sistema educacional.
Para compreender as reformas e inovações educacionais, é preciso
desvelar as razões e discursos nos quais se baseiam. Tanto as
políticas de reforma educacional oriundas da Administração
quanto as modas pedagógicas estão impregnadas de discursos,
ideais e interesses gerados e compartilhados por outras esferas da
vida econômica e social. Se as crises nos modelos de produção e
distribuição capitalista vão sendo resolvidas gradualmente, em um
primeiro momento, mediante a aplicação de princípios tayloristas
e fordistas, e posteriormente com novas adaptações e mesmo,
atualmente, com a gestão de novas fórmulas como o toyotismo, é
previsível pensar que algo semelhante pode estar ocorrendo
também nos sistemas escolares. Cada modelo de produção e
distribuição requer pessoas com determinadas capacidades,
conhecimentos, habilidades e valores; e sobre isso os sistemas
educacionais têm muito a dizer.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo
integrado. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998, p. 20.
Considerando a reflexão proposta pelo trecho em destaque,
assinale a opção que o interpreta corretamente.
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