Em ação judicial proposta contra o Estado X, uma empresa
consumidora de grande porte questionou a alíquota de ICMS de
25% aplicada sobre o consumo de energia elétrica, sob o
argumento de que a energia elétrica é bem essencial e que a
alíquota aplicada excede a incidente sobre as operações em geral
(fixada no Estado X em 18%).
O Estado X, por sua vez, defende que o princípio da seletividade é
facultativo e que o consumo elevado da empresa justifica a
tributação mais gravosa, em atenção à capacidade contributiva. Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale
a afirmativa correta.
✂️ a) A adoção da seletividade no ICMS é obrigatória para todos os
Estados e implica, necessariamente, a aplicação de alíquota
reduzida sobre qualquer bem ou serviço essencial,
independentemente da destinação. ✂️ b) A essencialidade da energia elétrica pode ser relativizada de
acordo com o perfil do consumidor, de modo que o consumo
de energia elétrica por empresas de grande porte pode ser
tributado com alíquotas superiores às aplicadas nas operações
em geral. ✂️ c) Se adotada a técnica da seletividade pelo legislador estadual,
a aplicação de alíquotas maiores sobre serviços essenciais,
como energia elétrica, é constitucional desde que prevista em
lei complementar e justificada por razões fiscais ou
distributivas. ✂️ d) A jurisprudência do STF admite que a eficácia da seletividade
pode ser compensada pela concessão de benefícios fiscais,
desde que a média das alíquotas respeite o teto nacional
fixado pelo Senado Federal. ✂️ e) O princípio da seletividade no ICMS é facultativo, mas, uma vez
adotado, impede a aplicação de alíquota superior à geral sobre
bens ou serviços reconhecidamente essenciais, como energia
elétrica e telecomunicações.