Matheus, viúvo e pai de três filhas, Ana, Bruna e Carla, decide
planejar a sua sucessão mortis causa. Matheus tem três bens
relevantes que compõem o ativo de seu patrimônio: (i) um
apartamento, avaliado em R$1.000.000,00; (ii) um terreno,
avaliado em R$500.000,00; e (iii) valores mobiliários, avaliados em
R$300.000,00.
Avesso à figura do testamento, Matheus decide doar cada um de
seus bens às suas filhas, com cláusula de reserva de usufruto
vitalício a seu favor. A sua intenção é doar o imóvel a Ana, o
terreno a Bruna e os valores mobiliários a Carla.
Diante desse caso, é correto afirmar que
✂️ a) os três contratos de doação são válidos e eficazes e em cada
um deles é desnecessário o consentimento das outras filhas do
doador. ✂️ b) a doação a favor de Ana é nula, porque inoficiosa, superando
o que o doador poderia dispor em testamento. ✂️ c) a doação a favor de Bruna e Carla são válidas, mas somente
produzirão efeitos se Ana consentir com o ato de liberalidade. ✂️ d) são inválidas todas as doações de ascendente para
descendente, porque importam em antecipação de herança,
cuja prática é proibida por lei. ✂️ e) são válidos os contratos de doação de ascendente para
descendente, mas em caso de falecimento do donatário, os
bens retornam ao patrimônio do doador.