Em março de 2025, um grave acidente de barco ocorreu durante
uma tempestade no litoral do Rio de Janeiro. Nele estavam
presentes João (25 anos), sua esposa, Ana (22 anos, grávida de 7
meses), o irmão de João, Pedro (17 anos, emancipado pelos pais
por instrumento público), e o tio de Ana, Carlos (50 anos). Todos
desapareceram no mar, e os corpos não foram localizados após
extensas buscas realizadas por autoridades marítimas e familiares
durante mais de seis meses.
A família de João e Pedro ingressou em juízo para requerer a
abertura da sucessão definitiva. Já a família de Ana, buscando
resguardar os direitos do nascituro, pleiteou judicialmente o
reconhecimento da morte presumida dela.
Considerando os fatos narrados e a legislação aplicável, assinale a
afirmativa correta.
✂️ a) Como todos desapareceram no mesmo acidente e não foi
possível verificar quem faleceu primeiro, presume-se que
João, Ana, Pedro e Carlos morreram simultaneamente,
autorizando a direta e imediata abertura da sucessão
definitiva. ✂️ b) A morte presumida de João, Ana, Pedro e Carlos somente
poderá ser declarada após dois anos do desaparecimento no
mar, nos termos aplicáveis aos desaparecidos em campanha
ou prisioneiros de guerra. ✂️ c) A morte presumida de João, Ana, Pedro e Carlos poderá ser
declarada desde já, diante da extrema probabilidade de morte
pelo naufrágio, desde que esgotadas as buscas, com fixação da
data provável do falecimento. ✂️ d) Pedro, apesar de emancipado por instrumento público antes
do acidente, não poderia ser considerado plenamente capaz,
pois não havia alcançado dezoito anos completos na data do
naufrágio. ✂️ e) O filho que Ana gerava no momento do acidente adquire
personalidade civil, a qual será extinta com a declaração de
morte presumida.