Arroyo (2013) problematiza a falência educativa no
atendimento de adolescentes e jovens cujas vulnerabilidades os convertem em “Outros” e, no limite, em
“in-incluíveis” à escola regular e ao direito social à educação e à própria cidadania. Entre os diferentes elementos discutidos, o autor observa a ênfase das ciências
em tratar de tecnologias e saberes que apontem para o
progresso, para a produção, para a racionalidade e para
a ordem. Isso deixa à margem do conhecimento aprofundado e comprometido a compreensão da desordem
multifacetada que essas adolescências sofrem. Para
Arroyo, em decorrência,
✂️ a) o conhecimento de realidades sociais, de saberes,
valores e culturas é acessível ao cidadão a partir das
experiências humanas, mas não escolares. ✂️ b) suas vidas precarizadas se tornam parte do saber
social acumulado e cultural, mesmo que à parte da
produção científica. ✂️ c) professores e gestores escolares são os únicos
agentes sociais a acolherem essa diversidade no
cotidiano escolar a partir das práticas de inclusão. ✂️ d) as indagações que os educandos carregam de seu
viver não são sequer cogitadas a adentrar no território, por excelência, do conhecimento, o currículo. ✂️ e) o progresso enfocado pelas ciências é o meio para
se consertar essa desordem, como os programas de
inclusão produtiva têm comprovado.