Ao discutirem a formação continuada, Gatti e Barreto (2009)
descrevem um modelo de capacitação “em cascata”, no
qual um primeiro grupo de profissionais é capacitado e
transforma-se em capacitador de um novo grupo que, por
sua vez, capacita um grupo seguinte. Para as autoras, esse
procedimento
✂️ a) fortalece a autoria pedagógica dos professores,
ao garantir a circularidade crítica dos saberes nos
diferentes níveis da rede escolar, pois os professores são incentivados a reinventar o material ao
compartilhá-lo. ✂️ b) supre a necessidade de formação crítica do professor
ao priorizar a eficiência na disseminação de diretrizes
curriculares e a sequência didática pré-moldada, com
foco em resultados que efetivamente alteram a prática educativa. ✂️ c) assegura uma formação equânime e contextualizada,
pois garante que todos os grupos envolvidos tenham
acesso a uma formação continuada de mesma qualidade, devido ao aparelhamento conceitual. ✂️ d) permite envolver quantitativamente um grande volume de professores, mas é pouco efetivo quando se
trata de difundir os fundamentos de uma reforma em
suas nuances, profundidade e implicações. ✂️ e) potencializa a autonomia docente, pois, ao replicar
saberes, cada educador torna-se agente principal da
formação profissional de seus colegas, legitimando o
discurso original do especialista.