Li uma história de um pesquisador europeu no começo do século XX que estava nos EUA e chegou a um território dos hopi.
Ele tinha pedido que alguém daquela aldeia facilitasse o encontro dele com uma anciã que ele queria entrevistar. Quando foi
encontrá-la, ela estava parada perto de uma rocha. Estava conversando com a irmã dela: uma pedra. Assim como aquela senhora
hopi que conversava com a pedra, sua irmã, tem um monte de gente que fala com montanhas.
Por que essas narrativas não nos entusiasmam? Por que elas vão sendo esquecidas e apagadas em favor de uma narrativa
globalizante, superficial, que quer contar a mesma história para a gente?
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020 (adaptado).
Para contemplar a reflexão de Ailton Krenak, os professores da Educação Básica devem considerar na elaboração de um plano
de ensino os conhecimentos
✂️ a) científicos, fundamentados em uma visão eurocêntrica dos conhecimentos tradicionais locais. ✂️ b) tradicionais locais, pautados por uma visão hegemônica dos conhecimentos científicos. ✂️ c) científicos, integrados com os conhecimentos tradicionais locais. ✂️ d) tradicionais locais, subordinados aos conhecimentos científicos.