A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da Saúde, iniciada na década de 1980, com o objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil pessoas com transtornos mentais. Nas últimas décadas, esse processo de mudança se expressa especialmente por meio do Movimento Social da Luta Antimanicomial e de um projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado: a Reforma Psiquiátrica. Assim, ainda é um desafio:
✂️ a) introduzir na ?Reforma? as experiências exitosas de países europeus e, consequentemente, a substituição de um modelo de saúde mental baseado no modelo de serviços comunitários pelo modelo de hospitalização psiquiátrica. ✂️ b) levar a ?Saúde Mental? para além do SUS, já que, para se realizar, ela implica na abertura da sociedade para a sua própria diversidade e fragmentação. ✂️ c) ao invés de criar circuitos paralelos e protegidos de vida para seus usuários inseri-los nos circuitos de trocas nos territórios da sociedade. ✂️ d) sistematizar a incorporação do desenvolvimento de teorias, técnicas, investigações, publicações e práticas inovadoras, que garantam a opção de que modelo de atendimento deve ser utilizado pelas entidades corporativas e de formação de profissionais. ✂️ e) apesar da desospitalização saneadora, controlar as internações na rede conveniada de hospitais psiquiátricos privados.