As teorias socioculturais da alfabetização destacam o
papel fundamental da cultura no desenvolvimento e na
prática da leitura e da escrita. Sob essa perspectiva, a
alfabetização é vista como uma prática social, inserida
em contextos culturais específicos e mediada por
ferramentas culturais. A pesquisa nessa área baseia-se
na ideia de Vygotsky de que o aprendizado da linguagem
é moldado pelos contextos sociais em que as crianças
vivem, utilizando uma série de ferramentas de mediação
para construir significado.
Nessa visão, a natureza e o significado da alfabetização
são construídos:
✂️ a) A partir de um conjunto de regras e normas
gramaticais que são transmitidas de forma
padronizada, sem a necessidade de mediação
cultural ou contextual, porém conectadas ao
processo de socialização de cada indivíduo. ✂️ b) Através da memorização e repetição de conteúdos
universais, independentes dos contextos sociais e
culturais dos participantes, mas diretamente ligados
a um ambiente alfabetizador. ✂️ c) Nas práticas sociais específicas dos participantes,
em contextos culturais particulares para propósitos
específicos, onde alfabetizar é mais do que adquirir
conteúdos, mas também situar a leitura e a escrita
nas práticas sociais e linguísticas que lhes dão
sentido. ✂️ d) Exclusivamente no ambiente escolar, onde a cultura
e o contexto social influenciam no processo de
alfabetização, que é voltado para a aquisição de
habilidades técnicas e contextualização social.