O antropólogo brasileiro Sergio Baptista, em seu texto
"Repensando objetos, arte e cultura material”, publicado em
2011, afirmou:
“(…) A arte e a cultura material nos coletivos indígenas das terras
baixas da América do Sul têm sido trabalhadas ultimamente
desde as lógicas nativas, com a tendência de refutar a noção de
estética como categoria transcultural, utilizando-se das
categorias êmicas presentes nessa arte e em alguns desses
objetos, singularmente concebidos como presentificações de
relações estabelecidas com alteridades extra-humanas e suas
potências, especialmente divindades e demais habitantes do
cosmos (animais, plantas, minerais, etc.), dotados de atributos
humanos, ponto de vista, subjetividade e intencionalidade. Nesse
sentido, tais ‘objetos’ são sujeitos, possuem agência e não são
meras representações de protótipos: são eles próprios. Essa
orientação não pretende deslegitimar as análises que enfatizam
as manifestações artísticas e os sistemas de objetos como
sistemas de representações, indicadores de processos
identitários, de afirmação de sujeitos de direitos, de discursos
variados e de importantes mensagens culturais neles contidos.”
A perspectiva teórica que tem contribuído para ressituar o
debate sobre objetos, coisas e materialidades na antropologia
contemporânea é a:
✂️ a) antropologia das representações; ✂️ b) antropologia visual; ✂️ c) virada material; ✂️ d) antropologia das infraestruturas; ✂️ e) antropologia das mercadorias.