Ana Maria Saul analisa a questão da avaliação educacional, apontando seus diversos objetos e níveis de abrangência, as influências internacionais de doutrina pedagógica e de técnica e questiona a relação linear de que mudanças na avaliação levam à melhoria do processo ensino-aprendizagem, fetichizando a avaliação, tornando-a o centro da aula. Baseada nestas e em outras ponderações, a autora
✂️ a) propõe que a avaliação pode ser uma "grande janela" pela qual podemos entrar e alterar as práticas cotidianas, o projeto pedagógico e a escola como um todo. ✂️ b) propõe a "pedagogia do exame" para incentivar a alunos e professores a melhorarem suas notas no SAEB, no SARESP e no ENEM. ✂️ c) conclui que a avaliação não é a questão mais importante do processo pedagógico e que só virou "fetiche" pela ação da mídia que espetaculiza a divulgação de avaliações em nível nacional. ✂️ d) propõe a avaliação como "centro da aula" para pressionar os alunos a se responsabilizarem, individualmente, por seus bons/maus resultados, prestando atenção, estudando, fazendo as tarefas solicitadas. ✂️ e) constata em pesquisas, dentro da escola atual, uma lógica avaliativa que se contrapõe à da ideologia individualista e conservadora que avalia o sucesso social, fora da escola.