Arilda Schmidt Godoy, pesquisadora da Didática no ensino superior, estudou a percepção e opinião de alunos do ensino superior sobre o processo de avaliação. Dentre diversos outros aspectos destacados na conclusão do estudo, a autora analisa a informação dos alunos pesquisados de que há pouca discussão, comentários sobre os resultados da avaliação. A esse respeito, considerando contribuições da literatura especializada, sobre o feedback, desde os anos 80, pode-se afirmar que
✂️ a) o feedback aos alunos, sobre o seu desempenho nas avaliações, funciona para os que se saíram bem nas provas e trabalhos, animando-os mais ainda, enquanto que, para aqueles que cometeram muitos erros, pode levá- -los ao desânimo. ✂️ b) podem ser oferecidas, com bastante proveito, informações para superação das dificuldades detectadas nas avaliações diagnósticas iniciais. Fica esse proveito reduzido nas avaliações intermediárias, e nulo, nas finais. ✂️ c) no ensino superior, o feedback corresponde a comentários gerais sobre o desempenho da classe, erros mais frequentes, orientações para superar dificuldades, sem individualizar intervenções, como se faz na educação básica. ✂️ d) devem ser propiciadas aos alunos diferentes oportunidades para que eles demonstrem seu desempenho e recebam sugestões para melhorá-lo, apontando-lhes as fontes de erros e propiciando-lhes esclarecimentos e encorajamento. ✂️ e) os resultados de avaliações constituem-se em feedback para os professores, possibilitando que eles retomem, de outro modo, os conteúdos não assimilados, função didática da avaliação. Para os alunos, o feedback pouco ou nada ajuda.