Em sua obra Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos (1998), Jussara Hoffmann destaca que “a avaliação deve
estar a serviço da aprendizagem, e não o contrário”. A autora propõe uma abordagem emancipadora da avaliação, que rompa com
o viés classificatório e excludente de práticas tradicionais ainda recorrentes. Nessa perspectiva, a avaliação se configura como um
processo contínuo, formativo, integrado ao ato de ensinar e de aprender, que considera o percurso do aluno, suas dificuldades e
seus avanços, em lugar de fixar-se em resultados estanques. Desse modo, podemos considerar que
a) a avaliação diagnóstica, por ser realizada no início do processo, tem como principal objetivo atribuir notas aos estudantes,
classificando-os segundo seu desempenho prévio.
b) a avaliação formativa, ao integrar-se ao cotidiano pedagógico, permite a reorientação das práticas de ensino e a mediação
intencional das aprendizagens, promovendo a construção de saberes em um processo dialógico e contínuo.
c) a avaliação somativa, ao ser aplicada com regularidade e acompanhar os progressos dos alunos, constitui a principal ferramenta
para detectar obstáculos conceituais e redirecionar a intervenção pedagógica.
d) a função da avaliação reguladora é essencialmente punitiva, sendo utilizada para selecionar os estudantes aptos ao avanço,
garantindo a meritocracia no interior do sistema educacional.
e) as concepções construtivistas de avaliação reforçam a necessidade de instrumentos objetivos e padronizados, capazes de
garantir a equidade e a imparcialidade nos processos decisórios sobre o desempenho discente.