Considere a seguinte situação hipotética: o Congresso Nacional
reconheceu formalmente a ocorrência de estado de calamidade
pública de âmbito nacional, diante de uma série de eventos
climáticos extremos que causaram destruição de infraestrutura
em diversas regiões do país. O reconhecimento possibilitou a
adoção de regime fiscal extraordinário pelo Governo Federal, que
passou a autorizar abertura de créditos extraordinários por
decreto, contratações emergenciais e execução orçamentária com
flexibilização das normas de responsabilidade fiscal. A vigência do
estado de calamidade pública foi encerrada oficialmente em 31 de
dezembro de 2024. Contudo, em abril de 2025, o Ministério da Infraestrutura manteve
a execução de despesas sem cobertura orçamentária regular,
argumentando que os efeitos da calamidade ainda persistiam, e
que, portanto, a flexibilização das normas poderia continuar a ser
aplicada. O Tribunal de Contas da União foi instado a se manifestar
sobre a legalidade dessas ações tomadas pelo Ministério da
Infraestrutura.
À luz do ordenamento jurídico vigente, assinale a afirmativa
correta.
✂️ a) Os efeitos do regime fiscal extraordinário podem perdurar
enquanto os impactos da calamidade forem constatáveis,
ainda que já encerrada formalmente sua vigência. ✂️ b) O Poder Executivo pode prorrogar os efeitos do regime fiscal
excepcional mediante decreto, desde que demonstre a
necessidade de continuidade da atuação emergencial. ✂️ c) A manutenção da execução de despesas excepcionais após o
término do reconhecimento do estado de calamidade pública
depende de autorização legislativa específica. ✂️ d) A Constituição admite créditos extraordinários apenas quando
houver previsão expressa na Lei de Diretrizes Orçamentárias
ou no Plano Plurianual, ainda que haja situação emergencial. ✂️ e) O regime fiscal extraordinário é aplicável a todos os entes
federativos, mas somente a União pode mantê-lo em vigor
mesmo após o encerramento do estado de calamidade
pública.