Um paciente de 45 anos de idade foi diagnosticado com hepatite
C, depois de fazer exames de rotina para avaliação de icterícia. Não
possuía nenhum fator de risco para contrair hepatite C, porém
havia sido transfundido ao nascer (em 1980), porque foi um
prematuro extremo. Suas enzimas hepáticas – TGO, TGP e gamaGT – estavam aumentadas e havia fibrose hepática grau III no
exame de Fibroscan.
O paciente entrou com ação na justiça solicitando que a União
Federal e/ou o Estado de Pernambuco comprassem e fornecessem
os medicamentos antivirais sofosbuvir e velpatasvir e custeasse os
exames de carga viral, pedindo também tutela antecipada.
Com base nas diretrizes do SUS para o tratamento da hepatite C,
assinale a afirmativa que apresenta corretamente a orientação do
médico especialista — que atua como assistente técnico do Estado
— destinada a embasar a defesa da União e do Estado frente à
solicitação do paciente.
✂️ a) Defender que não há evidências médicas que sustentem a
necessidade de tratamento anti-HCV para esse paciente. ✂️ b) Sugerir que o Estado deposite o dinheiro para a compra dos
medicamentos e para pagamento do exame na conta do
paciente, já que é uma ação que certamente o Estado perderá. ✂️ c) Explicar que o tratamento tem um custo muito elevado,
superior a 80 mil dólares, e que os entes públicos não têm
como suportar este tipo de demanda. ✂️ d) Propor que o médico mude o tratamento para interferon alfa
peguilado, cujo custo é muito menor e tem a mesma eficácia. ✂️ e) Informar que o tratamento já é fornecido gratuitamente pelo
SUS, assim como o exame, que pode ser colhido em um serviço
do SUS.