O processo de ampliação e redefinição da redução de danos
como um novo paradigma ético, clínico e político para a política
pública brasileira de saúde de álcool e outras drogas implicou no
enfrentamento e em embates com as políticas antidrogas que
tiveram suas bases fundadas no período ditatorial. Essas políticas
atuais identificam impasses político-institucionais que colocam
desafios para a continuidade do movimento que impulsionou a
prática de redução de danos que, ao longo dos anos, vem
ganhando novos contornos e novas direções.
A redução de danos foi adotada como estratégia de saúde pública
pela primeira vez, no Brasil,
✂️ a) no município de Santos, São Paulo, no ano de 1989, quando
altos índices de transmissão de HIV estavam relacionados ao
uso indevido de drogas injetáveis. ✂️ b) em São Paulo, no início dos anos de 1990, quando foi
identificado um alto índice de transmissão de HIV entre a
população carcerária, relacionado ao uso indevido de drogas
injetáveis. ✂️ c) no Rio de Janeiro, no ano de 1987, com o aumento da
infecção por HIV entre personalidades públicas, associado ao
uso indevido de drogas injetáveis. ✂️ d) em abril de 2001, em âmbito nacional, com a aprovação da
Lei da Reforma Psiquiátrica. ✂️ e) no Rio de Janeiro, no ano de 2001, para atender ao crescente
número de pessoas em situação de rua usuários de
substâncias psicoativas.