PARO, em sua obra denominada Administração escolar: introdução crítica (2012), ao discutir a especificidade da administração escolar, relata: “...a escola assume um papel efetivamente revolucionário à medida que consiga levar as massas trabalhadoras a se apropriarem do saber historicamente acumulado e a desenvolverem a consciência crítica da realidade em que se encontram.” Ainda segundo o autor, um dos principais impedimentos para que a escola consiga empreender o papel acima descrito seria:
✂️ a) a subordinação às diretrizes educacionais comumente constituídas à revelia das reais demandas escolares, que faz com que a escola termine por exercer um papel eminentemente inovador nas suas práticas educacionais cotidianas; ✂️ b) o negligenciamento, no processo prático, de tais objetivos, ficando estes restritos ao plano do discurso, e sendo substituídos por conteúdos vinculados aos interesses dominantes e desprovidos de utilidade prática para a população; ✂️ c) a conscientização da escola em relação aos problemas sociais, fortalecendo-a como instrumento de mobilização e formação crítica; ✂️ d) a baixa capacidade crítica dos alunos que adentram os bancos escolares em função de um histórico processo de desestimulação da leitura, fortemente influenciado pelo avanço tecnológico vigente na sociedade contemporânea; ✂️ e) o alto índice de descompromisso dos profissionais da educação em função das baixas remunerações, falta de políticas de incentivo à formação continuada e crescente avanço da política de aprovação automática vigente nas escolas brasileiras.