Segundo Saviani (1999), a função supervisora acompanha a ação educativa desde suas origens. Contudo, para que uma função seja organizada como profissão, é necessário que ela se destaque do âmbito em que opera, se distinga das demais, detalhando-se os seus atributos, e exija agentes especializados com uma formação específica. Entendendo-se a profissionalização na perspectiva de Saviani, explicitada acima, pode-se afirmar que esta profissionalização não chega a se consolidar no Brasil. O contexto histórico considerado a tentativa mais radical de profissionalização da supervisão educacional no Brasil se dá com:
✂️ a) a vinda dos jesuítas para o Brasil, a partir de 1549, através da adoção do Ratio Studiorum; ✂️ b) a criação das "aulas régias", no âmbito das reformas pombalinas, após a expulsão dos jesuítas, em 1759; ✂️ c) a criação dos técnicos em educação, no âmbito do movimento dos "pioneiros da educação nova", a partir da década de 20; ✂️ d) a organização da burocracia estatal e a implantação do Ministério da Educação, através da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20/12/61; ✂️ e) o Parecer 252, de 1969, que reformulou os cursos de Pedagogia, após o golpe militar de 1964.