Considere o texto a seguir sobre a formulação de política pública.
No Brasil, o nascedouro de um sistema público de proteção ao emprego que amparasse os desempregados data de
1986, com o seguro-desemprego, sendo, em 1988, incluído na Constituição Federal, definindo fundo específico para
ações que envolvem também a intermediação de empregos e a qualificação. Nesse contexto, a elaboração da política
de economia solidária no país é uma estratégia de governo para aprimorar os caminhos tomados pelas políticas de
emprego e desenvolvimento; trata-se de uma política de atenção aos grupos sociais mais vulneráveis ao desemprego
estrutural e ao empobrecimento. Desse modo, a economia solidária se situa entre as novas perspectivas de relações
de trabalho agenciadas por políticas públicas, derivando a importância da evidenciação das demandas e/ou problemas
intrínsecos a ela. A expressão economia solidária pode servir para designar práticas econômicas populares que estão fora do assalariamento formal — como comércio ambulante, pequenas oficinas, serviços autônomos, artesanato,
confecções de costura —, englobando ações que são individualizadas e outras que agrupam pessoas com sentido de
coletividade, provocando a solidariedade na produção econômica, propriamente.
BARBOSA, R. Economia solidária: estratégias de governo no contexto da desregulamentação social do trabalho. In: SILVA e SILVA, M.;
YAZBEK, M. Políticas públicas de trabalho e renda no Brasil contemporâneo. São Paulo: Cortez, 2006. p. 90-101. Adaptado. Na elaboração dessa política pública visando às unidades produtivas, identifica-se o seguinte problema:
✂️ a) excessiva legislação de regulação do trabalho coletivo ou autogestionário ✂️ b) preponderância de investimento em pesquisa aplicada em sustentabilidade ✂️ c) específica comercialização da cadeia produtiva do trabalho autogestionário ✂️ d) abrangente pulverização de crédito pelas grandes aglomerações financeiras ✂️ e) elevada capacitação de trabalhadores na especificidade técnica da autogestão